segunda-feira, 24 de novembro de 2008

02:2etal

Na outra noite, cansado dos dentes ruidosos da Matilde, levantei-me da cama num impulso e arremeti-me no sofá da sala para 5 minutos de descanso. Encerrei-me por debaixo de um braço, mas senti nas pálpebras uma iluminação excessiva que me fez abrir os olhos: - devo ter ligado a televisão ao afastar o comando para me esticar - pensei com alguma surpresa. As imagens do filme que passava na 2 eram igualmente enigmáticas: uma mulher de expressão assustada rezava uma Avé-Maria ao volante. Seguia viagem, parava numa rua onde todos fugiam cada um para seu lado, alguns nem roupa tinham. Surge uma velha no vidro do automóvel e exclama: - Fuja menina, que é o fim do mundo! Tudo aquilo me era real.
Comprendi naquele instante que não podia continuar ali e regressei à cama.

2 comentários:

isabel mendes ferreira disse...

do irreal com passagem marcada para o real?




beijo.

AC disse...

passagem marcada, bem visto, Isabel.
beijo