domingo, 9 de outubro de 2011

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Sul começa ao Km 95

sentado num banco, de noite, por debaixo dos Jacarandás onde a menina do filme circulava a sua bicicleta. talvez aí um pouco menos estrangeiro.

de resto, o percurso mecânico por entre as ruas claras, mesmo quando nocturnas, praças eloquentes, animadas por gente. Já passa das 23:00. árvores que cá (ou será lá) não se vêm. até nas árvores; em Lisboa sente-se o Império, ou a memória clara e languida do Império, decadente e sugestivo.
há um traço limpidamente europeu, como sentia em Itália, na escala clássica, nos sons, na massa indiferente de gente que se revessa nas calçadas.
e no entanto sou quase mero expectador cativado por entre espaços sedutores, não obstante os dias em catadupa na cidade que se expõe e não guarda nada da bruma Atlântica que ainda não sei largar.

sábado, 3 de setembro de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

domingo, 19 de junho de 2011

Vienna




Ainda sobre Nicholas Ray, o arquitecto que estudou com FLWright, e transformou, também ele, o curso do cinema. Mais concretamente, sobre Johnny Guitar, um western que ultrapassa largamente essa dimensão. Outros realizadores ultrapassaram a dimensão aparentemente estanque deste género, e para lá das máximas do Oeste que inundam a nossa imaginação, afinal retrataram a luta de homens contra os fantasmas de sempre: o medo de falhar , a fuga pelo alcool, o incontonável momento da verdade que sempre emergia e só poderia trazer a coragem de agir correctamente, ou a diluição pelo medo...



Porém este filme surpreende e poderia inclusivamente apresentar outro título: Vienna, o nome da protagonista feminina, que neste filme parece só poder ser a Joan Crawford...


Johnny Guitar é um western de uma cenografia rara e dramática, não prescinde da cena de assalto ao banco, ou da luta à entrada do saloon, mas trata, verdadeiramente, do amor e consequente desamor que o rodeia. E aqui Vienna assume uma dimensão invulgar no cinema, é ela o centro de toda a acção, e justamente, pois de forma quase imperturbável agrega as virtudes que parecem esboroar-se à sua volta, sem abdicar da sua condição feminina.

É uma personagem imaginada, ou antes, imaginada por um homem (Nicholas Ray) à luz da sua consciência, que se inscreve no reverso da condição de estrela intangível, de diva - solta desse pedestal, e sem abdicar da virtude e da admiração alheia, é livre, e nessa condição, verdadeiramente humana.

Johnny Guitar, de Nicholas Ray. The good stuff.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

sábado, 26 de março de 2011

"...
Yes you who must leave everything that you cannot control.
It begins with your family, but soon it comes around to your soul.
Well I've been where you're hanging, I think I can see how you're pinned:
When you're not feeling holy, your loneliness says that you've sinned.

..."


L. Cohen

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Unusual beauty




Fuck Cool.

sábado, 5 de fevereiro de 2011
















Último Tango

Já não se seguram os demónios que lançaste e afinal tão poucos compreendem. Nas conversas pequenas procuram os defeitos que exorcizem a tua mera presença. o incómodo que trazes à placidez de uma rotina diária que anula o primário, o perigo poderoso que espreita. a vida que se cumpre.

e Jeanne dizia:

The workers retire to a secret flat,
take off their overalls,
become men and women again,
and make love.

Dedicatória a pequenos pés descalços

"Tantas vezes fui à guerra que só sei é guerrear, eu gostava um destes dias de ter tempo para amar."

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sim, somos sós até ao fim

E esta é a mais doce ilusão.