sábado, 4 de outubro de 2014
Dune
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 9 de outubro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
O Sul começa ao Km 95
de resto, o percurso mecânico por entre as ruas claras, mesmo quando nocturnas, praças eloquentes, animadas por gente. Já passa das 23:00. árvores que cá (ou será lá) não se vêm. até nas árvores; em Lisboa sente-se o Império, ou a memória clara e languida do Império, decadente e sugestivo.
há um traço limpidamente europeu, como sentia em Itália, na escala clássica, nos sons, na massa indiferente de gente que se revessa nas calçadas.
e no entanto sou quase mero expectador cativado por entre espaços sedutores, não obstante os dias em catadupa na cidade que se expõe e não guarda nada da bruma Atlântica que ainda não sei largar.
sábado, 3 de setembro de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Vienna
Ainda sobre Nicholas Ray, o arquitecto que estudou com FLWright, e transformou, também ele, o curso do cinema. Mais concretamente, sobre Johnny Guitar, um western que ultrapassa largamente essa dimensão. Outros realizadores ultrapassaram a dimensão aparentemente estanque deste género, e para lá das máximas do Oeste que inundam a nossa imaginação, afinal retrataram a luta de homens contra os fantasmas de sempre: o medo de falhar , a fuga pelo alcool, o incontonável momento da verdade que sempre emergia e só poderia trazer a coragem de agir correctamente, ou a diluição pelo medo...
Porém este filme surpreende e poderia inclusivamente apresentar outro título: Vienna, o nome da protagonista feminina, que neste filme parece só poder ser a Joan Crawford...
Johnny Guitar é um western de uma cenografia rara e dramática, não prescinde da cena de assalto ao banco, ou da luta à entrada do saloon, mas trata, verdadeiramente, do amor e consequente desamor que o rodeia. E aqui Vienna assume uma dimensão invulgar no cinema, é ela o centro de toda a acção, e justamente, pois de forma quase imperturbável agrega as virtudes que parecem esboroar-se à sua volta, sem abdicar da sua condição feminina.
É uma personagem imaginada, ou antes, imaginada por um homem (Nicholas Ray) à luz da sua consciência, que se inscreve no reverso da condição de estrela intangível, de diva - solta desse pedestal, e sem abdicar da virtude e da admiração alheia, é livre, e nessa condição, verdadeiramente humana.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
sábado, 26 de março de 2011
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Último Tango
e Jeanne dizia:
The workers retire to a secret flat,
take off their overalls,
become men and women again,
and make love.
Dedicatória a pequenos pés descalços
domingo, 23 de janeiro de 2011
domingo, 19 de dezembro de 2010
Quote
Emerson
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
domingo, 14 de novembro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
e o olhar que já da luz me dói
trabalhei sem dar pelo cansaço
horas extraordinárias, foi
um dia que passou num furacão
um furacão que se amainou, só
quando, aparte o amor
eu me vi só
atirando a moeda ao ar
diz-me que cara ou coroa
eu vou ganhar
diz-me quanto eu fiz bem
em me apostar
e que bem fiz em ter por necessárias
as horas extraordinárias
Sérgio Godinho, 1983
domingo, 22 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Este blog convive com a negação de tudo o que aqui é escrito
é a quase intangível paz de tudo isto que interessa, é apenas isso que interessa.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Obliquar#5
Deitada, folgas a distância entre os seios e o vestido que trazes e me incendeia.
Perco o olhar nesse espaço de arco e sombra,
e lentamente, preencho-o com duas flores silvestres que colhi.
outra no teu cabelo de Efigénia, e a que usas como brinco.
agora faz o que te pedi:
dorme em flor.
Paz contigo
AC
domingo, 6 de junho de 2010
domingo, 9 de maio de 2010
domingo, 25 de abril de 2010
domingo, 31 de janeiro de 2010
“Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança...*
A minha cartilha raramente foi a oficial, antes a única verdadeiramente real, a revelada.
JCS, a minha catequese solar, escutada no já gasto vinil trazido de Lourenço Marques pela mãos dos pais, que por cá era proibido.
Na primeira adoleslência, todo um mundo em que a complexidade e o Amor reinavam a 45 rotações, o quarto era só palavra musical, e a espaços, sereno espanto.
*... desde que me tornei homem, eliminei as coisas de crianças”
Cor 13:11
domingo, 17 de janeiro de 2010
Circadiano
O Inverno suspensão e o Verão quase luxúria.
O Outono eterno e a primeira Primavera pubescente, o corpo invernil onde rompia a esperança.
Agora mesmo, levo o Inverno das tuas mãos à estreita Primavera que as tuas pernas esmagam, e invado o Verão solto nos teus lábios.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
domingo, 10 de janeiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
In the red corner
O mesmo que reencontrei de forma clara num filme do Tarantino,
e no passo acelerado da saída em escada, soube-me invariavelmente encurralado.
sábado, 2 de janeiro de 2010
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
To See a World
To see a World in a Grain of Sand
And a Heaven in a Wild Flower,
Hold Infinity in the palm of your hand
And Eternity in an hour.
.
A Robin Redbreast in a Cage
Puts all Heaven in a Rage.
A dove house fill’d with doves and pigeons
Shudders Hell thro’ all its regions.
A Dog starv’d at his Master’s Gate
Predicts the ruin of the State.
A Horse misus’d upon the Road
Calls to Heaven for Human blood.
Each outcry of the hunted Hare
A fiber from the Brain does tear.
.
He who shall train the Horse to War
Shall never pass the Polar Bar.
The Beggar’s Dog and Widow’s Cat,
Feed them and thou wilt grow fat.
The Gnat that sings his Summer song
Poison gets from Slander’s tongue.
The poison of the Snake and Newt
Is the sweat of Envy’s Foot.
.
A truth that’s told with bad intent
Beats all the Lies you can invent.
It is right it should be so;
Man was made for Joy and Woe;
And when this we rightly know
Thro’ the World we safely go.
Every Night and every Morn
Some to Misery are Born.
.
Every Morn and every Night
Some are Born to sweet delight.
Some are Born to sweet delight,
Some are Born to Endless Night.
.
.
.
William Blake (1757-1827)
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
post perdido
recordo apenas que no final tomava banho e logo saía à rua de gabardine.
próximo ano, s.f.f.
20.15
olha-me de soslaio e recomenda-me pouco. (minha arrogância, nem me olha)
o melhor é a ambiguidade de apetecer dizer fodasse e mais tarde sorrir.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Teatro da vida
Give me your hand: this hand is moist, my lady.
It yet hath felt no age nor known no sorrow.
This argues fruitfulness and liberal heart:
Hot, hot, and moist: this hand of yours requires
A sequester from liberty, fasting and prayer,
Much castigation, exercise devout;
For here's a young and sweating devil here,
That commonly rebels. 'Tis a good hand,
A frank one.
ontem reencontrado, aqui:
http://teatrodobolhao.blogspot.com/2009/12/blog-post.html
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Screw you pouring rain
Silenciador, do Jacinto Lucas Pires , A Tempestade de Shakespeare, e Um Homem Célebre, de Machado de Assis, tudo da Cotovia. O quadrado Azul do Almada Negreiros, edição fax-similada da Assírio.
Rhapsody in Blue de Gershwin e Mahler no. 5. The latest of Kings of Convenience.
sábado, 5 de dezembro de 2009
STRANGER
And then leaning on your window sill
he'll say one day you caused his will
to weaken with your love and warmth and shelter
And then taking from his wallet
an old schedule of trains, he'll say
I told you when I came I was a stranger
I told you when I came I was a stranger.
But now another stranger seems
to want you to ignore his dreams
as though they were the burden of some other
O you've seen that man before
his golden arm dispatching cards
but now it's rusted from the elbows to the finger
And he wants to trade the game he plays for shelter
Yes he wants to trade the game he knows for shelter.
Ah you hate to watch another tired man
lay down his hand
like he was giving up the holy game of poker
And while he talks his dreams to sleep
you notice there's a highway
that is curling up like smoke above his shoulder
and suddenly you feel a little older
LCOHEN
domingo, 11 de outubro de 2009
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
*Christian Bobain
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
1:04
-"Não sei que se passa contigo. Vejo-te com duas pedras na mão. Senti que te perdi. Deito-me, beijo, dorme bem."
- http://www.youtube.com/watch?v=Ssiga9gs7dQ&feature=related, ou In between days no Youtube, se preferires.
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
terça-feira, 22 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
Na florista
- não, a natureza não é arranjada. (e pensei em ti, no movimento assimétrico do teu corpo no meu, a tua expressão desalinhada)
A florista inclinou-se em cortar os caules, e sorriu.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
quinta-feira, 3 de setembro de 2009
A linguagem é um vírus
Laurie Anderson
quarta-feira, 2 de setembro de 2009
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Que dizes tu do Amor que não existe
When you are old and gray and full of sleep
And nodding by the fire, take down this book,
And slowly read, and dream of the soft look
Your eyes had once, and of their shadows deep;
How many loved your moments of glad grace,
And loved your beauty with love false or true;
But one man loved the pilgrim soul in you,
And loved the sorrows of your changing face.
And bending down beside the glowing bars,
Murmur, a little sadly, how love fled
And paced upon the mountains overhead,
And hid his face amid a crowd of stars.
William Butler Yeats. b. 1865
Muitos amaram os teus dias de alegre graça
e amaram a tua beleza com amor verdadeiro ou falso,
mas um homem amou a tua alma peregrina
e amou as mágoas no teu rosto que mudava.